terça-feira, 5 de novembro de 2019

Meio ambiente - respeito e preocupação



EVA - vilão fofinho



Vamos falar a real?

Quem nunca se esbaldou de comprar E.V.A?

Quem nunca trocou moldes com as amigas?

Quem nunca passou horas do fim de semana cortando e colando aquela lembrancinha linda?


Aliás, se tem uma profissão de coração bom nesse universo, essa profissão é a nossa. Professora. Principalmente magistério.

Não medimos esforços quando o assunto é acarinhar nossos pequenos, não é mesmo?

Pois é. Já fiz muito também. E adorava. Nossa, além de tudo é terapêutico. Cortar aquela borracha é bom demais.


Aí eu comecei a ler...

E recentemente fui bombardeada com artigos sobre esse material. Você já procurou saber?

Vou compartilhar algumas informações aqui...


O E.V.A é um derivado de petróleo, não degradável, cuja destruição só é possível a 150ºC, transformando-se em pó que não é absorvido pela terra nem solúvel. A queima deste material libera gás carbônico, poluente aérico que contamina a atmosfera.


Ao contrário de outros materiais termoplásticos DEPOIS DE MOLDADO, NÃO PODEM SER REPROCESSADOS. Gerando dano ao meio ambiente.


Pensa comigo, para onde vai aquela lembrancinha linda depois que a criança para de brincar com ela?

Não sei você, mas eu me preocupo demais.


Acredito que nossas práticas pedagógicas precisam estar alinhadas com a realidade que estamos inseridos.


Assuntos pertinentes devem ser discutidos em qualquer dia. Não precisamos de um dia no ano inteiro para "fingir" que estamos ensinando sobre cuidados com a natureza (no caso de ter planejado atividade no dia do meio ambiente, ou no dia da árvore por exemplo...)

Datas como essas são sempre facilitadoras de práticas, claro. Quem me conhece sabe que adoro as datas. Rs

Mas o que quero dizer é: ser responsável ensina responsabilidade. O bom e velho "ensinar pelo exemplo". Diariamente!


Hoje em dia existem tantos papéis por aí.. mil cores, texturas e formas... fora o preço.. E.V.A é muito mais caro.

E acredite em mim, vai pro lixo.


Ah, e sim, sempre faço lembrancinhas para eles. Mas já tem um tempão que não uso o filho do petróleo. Acredito que a pseudo-fofura do E.V.A pode ser substituída em prol de algo BEM maior: o nosso planeta e os seres que o habitam. :)


Ideias?


- recicláveis

- papel de presente

- papel cartão

- papel panamá (super grosso)

- dobraduras

- barbante


mais e mais...


Vamos mudar esta conduta em respeito a mãe natureza?

Se já aderiu esta ideia, Quais são seus materiais favoritos?






(Como a criança vê: Trabalho de ciências da minha filha Bia sobre o processo de reciclagem do plástico)





Por: Patrícia Vieira

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Aula invertida - dica, definição e prática :)


Aula Invertida - dica, definição e prática

Oi, gente!

Vamos falar de aula invertida? :)
Tenho utilizado essa metodologia e tem dado resultados incríveis.

 São palavras bases e fundamentais para seguirmos: pesquisa, roteiro, anotações, significado e roda de conversa. 

Preparei este texto seguindo 3 eixos: dica, definição e prática. Vamos lá?

A DICA

Acredito muito no poder da pesquisa. E nos dias de hoje, contamos com o apoio da tecnologia.
Falar que a internet faz parte do cotidiano de todos nós já virou clichê, certo? E pensando nessa realidade, reflita: o que você tem feito na internet? Que assuntos te interessam? A dica de hoje é essa: pesquise! Estude! Joga no Google! Com o tempo e com prática, vamos entendendo a dinâmica, as fontes, as opiniões, concordamos com algumas, discordamos de outras... mas é importantíssimo que tenhamos esse espírito pesquisador. Sobre tudo. Sempre que puder. Sejamos curiosos! E conte sempre com a BIMA, é claro! ;) compartilhar faz parte de uma aprendizagem significativa e ativa inclusive para nós, professores. Inspire a curiosidade. Deixe seus alunos saberem o quanto você gosta de aprender.

“NÃO APRENDO O QUE DIZES, APRENDO-TE” - José Pacheco

A DEFINIÇÃO - aula invertida

Aula invertida é o que o próprio nome diz: “Invertido” daquilo que estamos acostumados a fazer. Ela tem parte fundamental em casa, no ambiente externo da sala de aula. Mas não é simplesmente a pesquisa em si, É o momento da pesquisa que diferencia uma aula invertida de uma aula convencional. É no início do processo. Ah! E Tenha em mente que não é uma aula. São duas, no mínimo. Para facilitar, pensemos nesta sequência:

1- informar lição de casa (no caso, um roteiro de pesquisa, veja mais abaixo como criar um.)
2- introduzir de forma breve o conteúdo (é importante apresentar o tema neste momento sem delongas. Diga que conversaremos muito sobre isso na próxima aula e que vai ser incrível!)
3- o estudante faz a pesquisa em casa (baseados no roteiro que você fez para eles.)
4- o estudante anota suas descobertas e observações
5- roda de conversa em sala de aula



Notou como é invertido? Sensacional!
Mas faz diferença? Opa! Estudos comprovam que a aprendizagem Ativa traz resultados mais significativos. Para começar, se precisar diferenciar o que é ativo e passivo no viés da aprendizagem, Tenha sempre por perto uma imagem da pirâmide de William Glasser.

Em frente...

O que é e como criar um roteiro de pesquisa dirigido? (para crianças menores é interessante e seguro fazer um filtro)

Uma lista de vídeos ou textos sobre o assunto da aula:
Você precisa definir o tema e conhecer bem o conteúdo.
Ter pelo menos 2 ou 3 fontes para colocar no roteiro.
Podem ser vídeos curtinhos, divertidos, desenhos animados...

Diga que podem escolher o melhor momento para assistir. Pode ser em casa, chamar a família pra assistirem juntos, usar o celular, o tablet o computador ou até a sala de informática da escola com um amigo. Que dessa forma, eles podem escolher o melhor momento para eles. Mostre assim, que você se preocupa com cada um. Note que com frases simples acabamos personalizando a atividade sem muito trabalho. MAs deixe claro que na próxima aula eles precisarão falar sobre o que viram e por isso, melhor anotarem tudo o que julgarem importante.
Marque a data da segunda aula. O ideal é que não demore muito.

PRÁTICA

Sou professora do terceiro ano. Vi no livro de arte que eles estudariam TEATRO nas próximas aulas. O material didático da escola já traz um material digital riquíssimo, o que facilitou a organização do roteiro.

Aula 1-
Oi, gente! A princípio, Teremos duas aulas sobre teatro. Vamos começar da lição de casa. “Como assim?” Eles disseram - ótimo. Surpresa é emoção. Emoção gera aprendizagem, isso é neurociência. ;)

Escrevam na agenda: com um responsável, acesse os sites do roteiro e anote observações. Continuaremos a aula amanhã.
Segue roteiro que eles receberam:



Só isso na aula 1. Fim da aula de arte de hoje.

Aula 2- momento 1

Agora sim, a mágica: roda de conversa

Parabenizei quem trouxe anotações. Disse a quem não trouxe que entendia e para aproveitarem a roda.
Determinamos regras para o bem do coletivo durante a conversa:
Levantar a mão para falar
Aguardar com paciência a vez de falar
Ouvir atentamente o amigo que está falando.
Expliquei que atenção neste caso é mais que aprender, é respeitar.

(Siga as regras. Mostre que elas são importantes e que você acredita nelas.)

Fiz isso e deixei fluir. Meu papel é e sempre será o de mediadora. Principalmente numa roda de conversa. Provocar a opinião de cada um e jamais impor opinião.

O que você achou? E o que mais observou? E na hora “tal”? E a companhia x em comparação a y? O que viu de diferente? E em comum?

Incentive que falem. Incentive que escutem.

Troca. Compartilhamento. Significado.

Aula 2 - final

Estavam mais que prontos para responderem as questões propostas pelo livro. Responderam maravilhosamente. Cada um do seu jeito. Mas todos falaram de teatro. E muito bem.

Autonomia. Protagonismo. Professora feliz.

Por: Patricia Vieira :)





sábado, 14 de setembro de 2019

IX - Simpósio interdisciplinar de dificuldades de aprendizagem

Olá,

Esperei meses por esse evento: IX Simpósio Interdisciplinar de dificuldades de ensino e aprendizagem. A proposta era apresentar as palestras pelo viés da neurociência, então me interessei bastante pois é uma área que preciso conhecer melhor.
O evento em si estava bem desorganizado: quase uma hora de atraso, não tinha som, convidados desconfortáveis, gente reclamando (com razão), sem pausas, aceleração no meio do evento desrespeitando o tempo divulgado de cada palestrante, nem um cafezinho oferecido... mas, aproveitei tudo o que pude. Fiz minhas anotações, alguns discursos “mais do mesmo” mas no geral, aproveitei. Ah! E ouvir o Zé Pacheco será sempre inspirador para mim. Por mais que tenha sido aos trancos e barrancos. Rs

Deixo aqui meus rabiscos. Sou visual e dos mapas mentais portanto, pode parecer meio bagunçado.  vou adorar esclarecer qualquer letra ilegível ou trocar reflexões. :)

Antes, os convidados e os temas:

1- Zan Mustacchi - trissomia 21
2- José Pacheco - inclusão não rima com solidão
3- Celso Antunes - família e educação
4- José Salomão Schwartzman - TEA
5- Marta Relvas - tudo o que você quer saber sobre cérebro e a escola
6- Irene Maluf - transtorno não verbal de aprendizagem
7- Roberta Barabás - geração digital



















20/11 - Consciência Negra

20 DE NOVEMBRO


Olá,

Dia 20 de Novembro é o dia da Consciência Negra no Brasil. Esta data coincide com o dia atribuído a morte de Zumbi dos Palmares em 1965.

A intenção desta data é que exista a reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.

“O sofrimento, a exclusão, a dor, que os negros passaram desde a época em que foram comercializados pelos portos do País, até hoje em dia parece não justificar um dia de pensamentos, orações e homenagens a este povo tão maltratado.” (Geledes)

Mesmo assim, tem gente que diz: ~ah, mas porque não existe o dia da consciência branca?~ quero te convidar a refletir Sobre algumas frases e palavras. Se não usou pelo menos uma delas durante a vida, com certeza já ouviu centenas de vezes:

1- “fulano está na lista NEGRA” - sabemos que o senso comum quer dizer com isso: uma lista “ruim”. Já parou para pensar nisso?

2- “vamos descansar porque amanhã é dia de BRANCO” - como assim? Só o branco trabalha?

3- “aí, vai DENEGRIR a imagem dessa pessoa” - usado muitas vezes como sinônimo de “difamar”, “diminuir” - mas você sabia que DENEGRIR significa TORNAR NEGRO? Desde quando tornar negro virou sinônimo de difamação?

4- “vixe, a coisa ficou PRETA” - ficou “ruim” é? Fale mais sobre isso...

5- “deu uma inveja BRANCA de você agora” - essa inveja é boa? Ah tá.


Foram 5 exemplos. Só 5. Mas acho que já deu para sentir. Tem mais aqui:

https://revistamarieclaire.globo.com/Comportamento/noticia/2019/07/nao-parece-mas-e-racismo-20-frases-para-extinguir-do-seu-vocabulario.html

Para você que ainda assim acha que não precisamos de um dia da consciência negra e que tem ~vitimismo~ te convido a colocar uma gotinha de empatia no seu coração e pensar verdadeiramente: você gostaria de ser negro no Brasil? Acha mesmo que teria as mesmas condições?

Pesquise. Estude. Reflita. Na dúvida, se cale. Mas não diga bobagem. Lembre sempre que discurso de ódio é diferente de ~dar opinião~. Mude.

COM OS ALUNOS:

- dados históricos e atuais. Fontes confiáveis.

- Roda de conversa.

- Todas as opiniões são bem vindas.

-Sugestão de leitura de poemas em:

https://escolaeducacao.com.br/poemas-sobre-consciencia-negra/




Sempre tempo de mudar... ;)




Por: Patricia Vieira :)


sábado, 3 de agosto de 2019

L. Portuguesa - Troca de histórias :)

Escreva sobre suas férias...

Não dá para voltar às aulas e não pedir esta redação. Mas fazer isso de forma divertida, dá!

O primeiro dia de aula com meus alunos foi incrível! Muita saudade, animação, curiosidade e claro, histórias para contar...

Antes deles chegarem organizei a sala em círculo. Gosto das rodas, todos se olham, conversam, trocam opiniões... para mim, roda de conversa é sagrada!

Em cada mesa, coloquei uma bexiga, um pedaço de papel e uma lembrancinha de volta às aulas (Mimo meu. Rs).

Pensa como eles ficaram quando viram? Mais empolgados e curiosos.
Esse era o objetivo inicial, atenção e animação, são fortes aliados que estimulam aprendizagem.

Depois de muito abraço, vamos para a proposta:
1 - escreva neste papel sobre suas férias.
2 - dobre bem dobradinho e coloque dentro da bexiga. Pode encher.
3 - vamos sair pela escola com essas bexigas, cuidado para não estourar! Tem coisa boa aí dentro!
4 - para ficar mais desafiador, vamos em duplas ou trios de mãos dadas! Trabalhamos o respeito, responsabilidade e trabalho em equipe.
5 - quando chegarmos no destino, sentaremos em roda e vamos misturar as bexigas.
6 - cada um pega uma nova bexiga e lê a história do amigo.

Pronto.

No caminho, fomos brincando. Fui dando comandos e eles rindo. Ex: coloque a bexiga em baixo do braço esquerdo.. coloque no ombro do amigo.. foi legal demais!

Escolhemos um lugar gostoso no Colégio e quando sentamos em roda, eles estavam doidos de vontade de misturar as bexigas e começar a leitura.
Obs: tenho por característica nunca obrigar um aluno ler se não quiser. Então combinamos isso com antecedência. Assim como, histórias que os autores não queriam que fossem lidas eu também tiraria da atividade. Mas todos quiseram participar. :)

Dica valiosa: ouça seu aluno. Respeite.

Resumindo tudo: foi Alegre, divertido, interessante, todos participaram... foi show.

Esta é uma brincadeira que com certeza vou repetir em outras aulas de produção de texto.

Por: Patrícia Vieira :)




segunda-feira, 22 de julho de 2019

Matemática: pega-varetas no tabuleiro (formas geométricas)

Possibilidades...

É importante deixar a atividade interessante para os estudantes. Enquanto professora, me preocupo em proporcionar o entendimento do conteúdo de várias maneiras. Até porque, na "vida real" aquele conteúdo vai aparecer de diversas formas também.

A estratégia que uso bastante e que as crianças adoram é a gamificação. Com tecnologia ou não, estou sempre criando um jogo.. RS. Por exemplo...

Você deve conhecer o jogo de damas. Mas você sabia que ele fortalece o raciocínio lógico das crianças? Pois é, jogando uma partida, elas procuram a melhor estratégia para alcançar  um objetivo, tomam decisões voltadas à resolução de problemas além de buscarem soluções prevendo consequências. Outro desafio conhecido é o pega-varetas, um jogo que estimula a paciência e a coordenação motora dos pequenos. Mas o que acontece se misturar os dois? Com o objetivo de trabalhar formas geométricas, vértices e arestas criei o DAMARETA Com 3 regras básicas - Regra 1: casas brancas são desafios teóricos. Regra 2: casas pretas são desafios práticos. Regra 3: os palitos formam desenhos para os desafios práticos.


Importante: Para se movimentar no tabuleiro podemos usar dados ou os próprios palitos (dois participantes seguram um tanto de palitos cada e quem vai se movimentar escolhe um dos dois participantes. Por ex: se o participante escolhido segura 3 palitos, o jogador da vez avança 3 casas)

1 - O caminho percorrido no tabuleiro deve ser em zigue-zague.
2 - Ganha quem alcançar a última casa do tabuleiro.
3 - Os pinos podem ser pequenos objetos que encontramos por aí: tampinhas de garrafas, pedras...

Caindo nas casas brancas (desafios teóricos), os participantes podem aproveitar para preencher atividades do livro ou folha de atividades distribuída pela professora (Um ou dois de cada vez). Feito, se movimenta no tabuleiro, o mesmo número de Casas tirado inicialmente.

Já nas casas pretas (desafios práticos), os jogadores do outro time devem construir algum objeto (escolhido por eles ou tirado de um saquinho preparado anteriormente pela professora - gato, casa, carro, foguete, prédio, lápis, árvore... São algumas ideias). Para essa construção, utilizar as varetas. Acertando o objeto, a equipe se movimenta no tabuleiro, o mesmo número tirado inicialmente. Os objetos construídos devem ser analisados: número de arestas e vértices. Fazendo isso, a equipe ganha um lançamento de dado extra.


Dica: A nível prático e aproveitando um espaço externo, troque os desafios teóricos por atividades de procura. Exemplos: encontre um objeto com formato cilíndrico. Recolha 30 folhas de árvores caídas em 1 minuto. Tire fotos de 3 objetos triangulares. Faça "tal" percurso em "x" tempo.

Aproveite a natureza e use a imaginação!

Por: Patrícia Vieira

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Brincar - pensamentos :)

O TEMPO E O QUE FAZEMOS COM ELE
O TEMPO E O QUE FAZEMOS COM ELE

Deixe o celular por 20 minutos...

Fiz uma breve pesquisa e descobri que o uso de smartphones no Brasil dobrou nos 4 últimos anos e que nossa média de utilização é a mais alta do mundo! 4 horas e 48 minutos. Isso não é alarmante?

Alguns fatos me fizeram refletir sobre isso:
1- na rua, observo o número de adultos tirando fotos das crianças comendo, andando, brincando...
2- em festas de família, antes de qualquer coisa alguém grita “pega o celular”.
3- o mais grave: me peguei conversando com a minha filha e olhando para o celular.

Sobre o 1 e o 2, precisamos refletir sobre exposição e vaidade. Até onde vivo para “parecer que vivo”? E a exposição das crianças? Muito a se pensar... mas é inegável dizer que o avanço da tecnologia facilita a nossa vida e com ela podemos registrar os bons momentos com rapidez e interatividade.

Já o ponto 3 foi o que mais me doeu. Quantas vezes eu teria feito aquilo? O que ela teria pensado, sentido ou sofrido?
A Bia tem 9 anos, lembrei da primeira infância dela: curtimos tanto juntas!
O tempo era corrido... Eu mãe solo, terminando a faculdade, trabalhando, fazendo teatro, buscando um cantinho para nós duas (ainda morava com minha mãe), entre tantas outras responsabilidades... mas SEMPRE estávamos juntas. Sempre brincando JUNTAS. Parques, shopping, museus... se dava para sair, a gente saía. Se não dava, Inventávamos alguma brincadeira ou atividade e pronto. Que delícia! A Bia é minha parceirona. Com o tempo vou registrando nossas experiências aqui. :)

Nesse dia refleti sobre tudo isso e lembrei de um livro que comprei durante a gravidez da Bia e que seguimos à risca: 101 ideias para curtir com seu filho (antes de ele completar 10 anos) de Paula Perim.
Procurei o livro e chamei ela para revivermos as brincadeiras. Foi mágico.
Aproveitei aquele momento para combinar com ela que passaríamos mais tempo juntas. E sem celular. :) Tem dado certo. É importante fazermos essas reflexões de vez em quando...

Vou listar aqui as 10 brincadeiras que a gente mais gostava e algumas estão nesse livro. Brincadeiras tão simples... Mas vamos combinar que hoje em dia o simples é inovador. :)

1- maquiagem e penteado. Sem dúvida a top das tops.
2- brincar de casinha. Com os potes e utensílios da casa então, ficava muito mais divertido.
3- fazer dedoches. Montávamos juntas com EVA ou papel cartão. Tínhamos uma liga de heróis... era a brincadeira que eu mais gostava.
4- passeios: parque Villa-Lobos e museu da língua portuguesa (antes do acidente) eram os lugares mais visitados.
5- brincar de Peppa pig. Na casa da minha mãe tinha um pomar delicinha. A Bia adorava pular na lama. Rs
6- teatro. A Bia sempre foi uma artista. Colocava minhas roupas, meus sapatos... inventar danças e fazer caras e bocas era com ela mesma! (E continua sendo). Cada brincadeira era um verdadeiro espetáculo!
7- Pintura. Com tinta, giz, lápis... tudo virava arte.
8- Boneca. A mais querida foi a Lorena. Ficou tanto tempo com a gente... mas não está mais porque já foi para a faculdade. ;)
9- fazer biscoito. Deliciosos biscoitinhos de manteiga. Hum!
10- Histórias. Ler, assistir e criar histórias. ❤️

Eu amei escrever esse texto. Espero que te inspire a fazer o mesmo. Liste as brincadeiras que você e seu filho mais gostam. Pense no tempo que você passa com ele. Sendo um dia inteiro ou 5 minutos: faça valer a pena.

1- Presença
2- Brincadeira
3- amor

Por: Patricia Vieira



FÉRIAS, FAMÍLIA E LAÇOS AFETIVOS

É importante lembrar que a rotina não deve se tornar desculpa para a pouca atenção que por vezes, damos a nossos filhos. Então, o que fazer para que os laços afetivos não sejam afetados pela correria do dia a dia?

Laços afetivos são ligações de afeto que se constroem no decorrer da vida. E é na família que são criados os laços mais fortes e duradouros. Fortalecer essa ligação a cada dia, regado com muito amor, atenção e carinho é essencial para o desenvolvimento das crianças.

Cada família é uma. As individualidades e especificidades de cada membro devem ser respeitadas e valorizadas. Por isso, escolher atividades que melhor atendam a você e sua família é fundamental.

Tenho 3 dicas que podem contribuir:

1: ouvir as crianças. Vontades, medos, ideias, o que tem vontade de fazer e o que não tem... meio caminho andado. :)

2: depois da dica 1, provavelmente vocês já terão definido atividades que gostariam de fazer juntos, o próximo passo é planejar o tempo e o material necessário.

3: paciência e não crie expectativa. Deixe as coisas fluírem naturalmente. Pode ser que a ideia não dê certo, que precisem mudar algo, que não dure o tempo que você esperava ou que venha uma outra ideia que mude tudo... esteja abertx para as mudanças e possibilidades que a vida nos dá!

Uma atividade que proporciona momentos de união, trabalho em equipe e cooperação com foco em memórias e histórias é montar um scrapbook com os filhos.

Scrapbooks são esses álbuns mais modernos que além de fotos podemos escrever, recortar, colar... super interativos.

Conhecer a própria história contribui para a construção da identidade, conceito de família, reconhece semelhanças e diferenças além de
abrir margem para reflexões sobre culturas diferentes, noção de tempo cronológico, referências de passado e presente...

A memória é uma das funções mais complexas do organismo humano. E como podemos notar, é importante falar sobre isso com os pequenos.

Por aqui, usei as férias de julho para organizar um scrapbook com minha filha Bia de 9 anos.
Primeiro escolhemos as fotos, depois recortamos, pintamos, colamos adesivos, mil enfeites! Mas o que mais contou para mim, e acredito que para ela também, foram as conversas, trocas, risadas, emoções, histórias que compartilhei com ela sobre minha infância e adolescência, dúvidas e anseios que ela dividiu comigo... isso não tem como descrever. É único. É mágico.

Curta o momento e fortaleça seus laços.

1- identidade
2- família
3- laços afetivos

Por: Patrícia Vieira :)