quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Aula invertida - dica, definição e prática :)


Aula Invertida - dica, definição e prática

Oi, gente!

Vamos falar de aula invertida? :)
Tenho utilizado essa metodologia e tem dado resultados incríveis.

 São palavras bases e fundamentais para seguirmos: pesquisa, roteiro, anotações, significado e roda de conversa. 

Preparei este texto seguindo 3 eixos: dica, definição e prática. Vamos lá?

A DICA

Acredito muito no poder da pesquisa. E nos dias de hoje, contamos com o apoio da tecnologia.
Falar que a internet faz parte do cotidiano de todos nós já virou clichê, certo? E pensando nessa realidade, reflita: o que você tem feito na internet? Que assuntos te interessam? A dica de hoje é essa: pesquise! Estude! Joga no Google! Com o tempo e com prática, vamos entendendo a dinâmica, as fontes, as opiniões, concordamos com algumas, discordamos de outras... mas é importantíssimo que tenhamos esse espírito pesquisador. Sobre tudo. Sempre que puder. Sejamos curiosos! E conte sempre com a BIMA, é claro! ;) compartilhar faz parte de uma aprendizagem significativa e ativa inclusive para nós, professores. Inspire a curiosidade. Deixe seus alunos saberem o quanto você gosta de aprender.

“NÃO APRENDO O QUE DIZES, APRENDO-TE” - José Pacheco

A DEFINIÇÃO - aula invertida

Aula invertida é o que o próprio nome diz: “Invertido” daquilo que estamos acostumados a fazer. Ela tem parte fundamental em casa, no ambiente externo da sala de aula. Mas não é simplesmente a pesquisa em si, É o momento da pesquisa que diferencia uma aula invertida de uma aula convencional. É no início do processo. Ah! E Tenha em mente que não é uma aula. São duas, no mínimo. Para facilitar, pensemos nesta sequência:

1- informar lição de casa (no caso, um roteiro de pesquisa, veja mais abaixo como criar um.)
2- introduzir de forma breve o conteúdo (é importante apresentar o tema neste momento sem delongas. Diga que conversaremos muito sobre isso na próxima aula e que vai ser incrível!)
3- o estudante faz a pesquisa em casa (baseados no roteiro que você fez para eles.)
4- o estudante anota suas descobertas e observações
5- roda de conversa em sala de aula



Notou como é invertido? Sensacional!
Mas faz diferença? Opa! Estudos comprovam que a aprendizagem Ativa traz resultados mais significativos. Para começar, se precisar diferenciar o que é ativo e passivo no viés da aprendizagem, Tenha sempre por perto uma imagem da pirâmide de William Glasser.

Em frente...

O que é e como criar um roteiro de pesquisa dirigido? (para crianças menores é interessante e seguro fazer um filtro)

Uma lista de vídeos ou textos sobre o assunto da aula:
Você precisa definir o tema e conhecer bem o conteúdo.
Ter pelo menos 2 ou 3 fontes para colocar no roteiro.
Podem ser vídeos curtinhos, divertidos, desenhos animados...

Diga que podem escolher o melhor momento para assistir. Pode ser em casa, chamar a família pra assistirem juntos, usar o celular, o tablet o computador ou até a sala de informática da escola com um amigo. Que dessa forma, eles podem escolher o melhor momento para eles. Mostre assim, que você se preocupa com cada um. Note que com frases simples acabamos personalizando a atividade sem muito trabalho. MAs deixe claro que na próxima aula eles precisarão falar sobre o que viram e por isso, melhor anotarem tudo o que julgarem importante.
Marque a data da segunda aula. O ideal é que não demore muito.

PRÁTICA

Sou professora do terceiro ano. Vi no livro de arte que eles estudariam TEATRO nas próximas aulas. O material didático da escola já traz um material digital riquíssimo, o que facilitou a organização do roteiro.

Aula 1-
Oi, gente! A princípio, Teremos duas aulas sobre teatro. Vamos começar da lição de casa. “Como assim?” Eles disseram - ótimo. Surpresa é emoção. Emoção gera aprendizagem, isso é neurociência. ;)

Escrevam na agenda: com um responsável, acesse os sites do roteiro e anote observações. Continuaremos a aula amanhã.
Segue roteiro que eles receberam:



Só isso na aula 1. Fim da aula de arte de hoje.

Aula 2- momento 1

Agora sim, a mágica: roda de conversa

Parabenizei quem trouxe anotações. Disse a quem não trouxe que entendia e para aproveitarem a roda.
Determinamos regras para o bem do coletivo durante a conversa:
Levantar a mão para falar
Aguardar com paciência a vez de falar
Ouvir atentamente o amigo que está falando.
Expliquei que atenção neste caso é mais que aprender, é respeitar.

(Siga as regras. Mostre que elas são importantes e que você acredita nelas.)

Fiz isso e deixei fluir. Meu papel é e sempre será o de mediadora. Principalmente numa roda de conversa. Provocar a opinião de cada um e jamais impor opinião.

O que você achou? E o que mais observou? E na hora “tal”? E a companhia x em comparação a y? O que viu de diferente? E em comum?

Incentive que falem. Incentive que escutem.

Troca. Compartilhamento. Significado.

Aula 2 - final

Estavam mais que prontos para responderem as questões propostas pelo livro. Responderam maravilhosamente. Cada um do seu jeito. Mas todos falaram de teatro. E muito bem.

Autonomia. Protagonismo. Professora feliz.

Por: Patricia Vieira :)





sábado, 14 de setembro de 2019

IX - Simpósio interdisciplinar de dificuldades de aprendizagem

Olá,

Esperei meses por esse evento: IX Simpósio Interdisciplinar de dificuldades de ensino e aprendizagem. A proposta era apresentar as palestras pelo viés da neurociência, então me interessei bastante pois é uma área que preciso conhecer melhor.
O evento em si estava bem desorganizado: quase uma hora de atraso, não tinha som, convidados desconfortáveis, gente reclamando (com razão), sem pausas, aceleração no meio do evento desrespeitando o tempo divulgado de cada palestrante, nem um cafezinho oferecido... mas, aproveitei tudo o que pude. Fiz minhas anotações, alguns discursos “mais do mesmo” mas no geral, aproveitei. Ah! E ouvir o Zé Pacheco será sempre inspirador para mim. Por mais que tenha sido aos trancos e barrancos. Rs

Deixo aqui meus rabiscos. Sou visual e dos mapas mentais portanto, pode parecer meio bagunçado.  vou adorar esclarecer qualquer letra ilegível ou trocar reflexões. :)

Antes, os convidados e os temas:

1- Zan Mustacchi - trissomia 21
2- José Pacheco - inclusão não rima com solidão
3- Celso Antunes - família e educação
4- José Salomão Schwartzman - TEA
5- Marta Relvas - tudo o que você quer saber sobre cérebro e a escola
6- Irene Maluf - transtorno não verbal de aprendizagem
7- Roberta Barabás - geração digital



















20/11 - Consciência Negra

20 DE NOVEMBRO


Olá,

Dia 20 de Novembro é o dia da Consciência Negra no Brasil. Esta data coincide com o dia atribuído a morte de Zumbi dos Palmares em 1965.

A intenção desta data é que exista a reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.

“O sofrimento, a exclusão, a dor, que os negros passaram desde a época em que foram comercializados pelos portos do País, até hoje em dia parece não justificar um dia de pensamentos, orações e homenagens a este povo tão maltratado.” (Geledes)

Mesmo assim, tem gente que diz: ~ah, mas porque não existe o dia da consciência branca?~ quero te convidar a refletir Sobre algumas frases e palavras. Se não usou pelo menos uma delas durante a vida, com certeza já ouviu centenas de vezes:

1- “fulano está na lista NEGRA” - sabemos que o senso comum quer dizer com isso: uma lista “ruim”. Já parou para pensar nisso?

2- “vamos descansar porque amanhã é dia de BRANCO” - como assim? Só o branco trabalha?

3- “aí, vai DENEGRIR a imagem dessa pessoa” - usado muitas vezes como sinônimo de “difamar”, “diminuir” - mas você sabia que DENEGRIR significa TORNAR NEGRO? Desde quando tornar negro virou sinônimo de difamação?

4- “vixe, a coisa ficou PRETA” - ficou “ruim” é? Fale mais sobre isso...

5- “deu uma inveja BRANCA de você agora” - essa inveja é boa? Ah tá.


Foram 5 exemplos. Só 5. Mas acho que já deu para sentir. Tem mais aqui:

https://revistamarieclaire.globo.com/Comportamento/noticia/2019/07/nao-parece-mas-e-racismo-20-frases-para-extinguir-do-seu-vocabulario.html

Para você que ainda assim acha que não precisamos de um dia da consciência negra e que tem ~vitimismo~ te convido a colocar uma gotinha de empatia no seu coração e pensar verdadeiramente: você gostaria de ser negro no Brasil? Acha mesmo que teria as mesmas condições?

Pesquise. Estude. Reflita. Na dúvida, se cale. Mas não diga bobagem. Lembre sempre que discurso de ódio é diferente de ~dar opinião~. Mude.

COM OS ALUNOS:

- dados históricos e atuais. Fontes confiáveis.

- Roda de conversa.

- Todas as opiniões são bem vindas.

-Sugestão de leitura de poemas em:

https://escolaeducacao.com.br/poemas-sobre-consciencia-negra/




Sempre tempo de mudar... ;)




Por: Patricia Vieira :)